Trabalhadores em Educação aprovam Campanha “NÃO TEM ARREGO” Contra Retirada de Direitos!

As Trabalhadoras e Trabalhadores em Educação, mais uma vez, deram uma aula de luta e mobilização! Desde o anúncio da […]

As Trabalhadoras e Trabalhadores em Educação, mais uma vez, deram uma aula de luta e mobilização! Desde o anúncio da trapaça do governo Kalil (PHS) de incorporar ao projeto de reajuste (PL 378/17) uma emenda que significa retirada de direitos historicamente conquistados em nosso plano de carreira, o conjunto da categoria se mobilizou para o enfrentamento a este ataque.

A Educação deu uma significativa demonstração de força ao realizar as greves regionalizadas, nas quais, desde o dia 07/11, ocupou as galerias e corredores da Câmara Municipal para pressionar os vereadores e defender nosso lema: NENHUM DIREITO A MENOS! A mobilização fez com que o governo recuasse e apresentasse contrapropostas.

Entretanto, a equipe governista composta por alguns secretários que participaram da política de “choque de gestão” nos governos de Aécio Neves (PSDB) e Anastasia (PSDB) manteve sua posição e mesmo diante de uma Câmara lotada de servidores em resistência conseguiu aprovar a Subemenda 04 à Emenda 03 do PL 378/17 que retira direitos como como férias-prêmio, licença para acompanhar familiar doente e quinquênios, direitos antes garantidos pelo Estatuto do Servidor.

A esse respeito, vemo-nos obrigados a denunciar que grande parte dos professores presentes na Câmara foram impedidos de entrar no Plenário e foram agredidos pela segurança do local.

O projeto segue agora para a sanção do executivo.

ASSEMBLEIA APROVA CAMPANHA “NÃO TEM ARREGO!” CONTRA KALIL E OS VEREADORES INIMIGOS DA EDUCAÇÃO

Em assembleia realizada na última terça-feira, 21/11, a categoria aprovou a continuidade das lutas contra as retiradas de direitos. Nosso foco agora são o governo Kalil (PHS) com a equipe econômica responsável por este “choque de gestão” contra a cidade de BH e os 24 vereadores que votaram contra os servidores públicos municipais.

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A campanha, intitulada “Não tem arrego!”, será realizada nos próximos sábados letivos – dias 25/11, 02/12 e 16/12 – nas diversas regiões da cidade e tem como objetivo fazer uma ampla denuncia do governo Kalil e de todos vereadores que votaram contra os trabalhadores em educação do município.  

PBH ENVIA À CÂMARA O PL 442/2017

Já está na Câmara o Projeto de Lei 442/2017, que reestrutura o setor da Educação Municipal. Destacam-se nele os seguintes pontos:

  • Autonomia das Umeis, que passam a chamar-se Emeis e a ter Direção e Vice-Direção próprias.
  • Exigência de formação em nível superior para Direções e Vice-Direções de Emeis e Escolas Municipais;  a Vice-Direção passa a concentrar funções administrativas, enquanto a Direção, as pedagógicas.
  • Podem candidatar-se à Direção e Vice-Direção da unidade escolar os servidores em efetivo exercício nela a partir de 1º de março do ano da eleição.
  • Criam-se as funções comissionadas de Coordenador Pedagógico Geral I (para Emeis) e II (para Escolas Municipais), também com exigência de formação superior, um por unidade escolar.
  • A Coordenação Pedagógica passa a ser definida pela SMED.
  • Os cargos de Auxiliar de Biblioteca Escolar e Auxiliar de Secretaria Escolar se fundem em um único cargo de Auxiliar Administrativo Educacional, com atribuições definidas por decreto, que passa a ter progressão por curso superior afim.
  • O cargo comissionado de Secretário Escolar (novo nome) passa a ser exclusivo de Auxiliar Administrativo Educacional, com regras de transição por definir.
  • Cria-se o cargo de Bibliotecário Escolar, com duas classes com remunerações bem distintas apesar de mesmas exigências de formação:  Pleno (sem correspondência atual) e Sênior (atuais Analistas de Políticas Públicas Bibliotecários que estejam lotados em unidades da Educação).  Atribuições específicas serão definidas por decreto.  O acesso à classe Sênior por Bibliotecário Escolar Pleno tem regras definidas no PL.
  • Professores para a Educação Infantil passam a ter progressão de três níveis por  curso superior.
  • O abono de fixação, semestral, é estendido, “grosso modo”, a todos os servidores  da Escola, conforme critérios a definir.

O PL APRESENTA ALGUNS PROBLEMAS EVIDENTES:

  • Diversos pontos importantes que deveriam ser definidos pela lei ou pela gestão democrática são relegados a regulamentações por decreto.
  • A criação da função comissionada de Coordenador Pedagógico Geral dentro do cálculo do 1.6, algo contrário a todas deliberações das categoria.  
  • Cargos são fundidos e desmembrados sem que se garanta o respeito ao concurso de origem e à isonomia.
  • O PL foi engendrado sem negociação com os servidores ou mesmo contrariando promessas de campanha e negociações passadas e em curso.

Essas propostas do governo demandam discussões aprofundadas dos segmentos afetados e a definição de um curso de ação conjunta da categoria para barrar mais essa escalada do autoritarismo.

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