Nota do Sind-REDE/BH em repúdio ao brutal assassinato da vereadora Marielle Franco do Rio de Janeiro

É com extremo pesar e profunda preocupação que a Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Municipal de […]

4a8538bf-5b31-4ca0-a871-01ba74aa8287É com extremo pesar e profunda preocupação que a Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Municipal de Belo Horizonte Sind-REDE/BH, recebeu a notícia do brutal assassinato da socióloga e vereadora carioca Marielle Franco (PSOL/RJ) na noite do último dia 14 de março.

O Sind-REDE/BH se solidariza com as companheiras e companheiros do PSOL, com os familiares e amigos de Marielle e também do motorista do carro Anderson Pedro Gomes que também foi morto e com todas e todos que lutam pelos direitos humanos no Rio de Janeiro e no Brasil.

Em 2016, Marielle Franco foi a quinta vereadora mais votada na cidade do Rio de Janeiro. Seu mandato era sinônimo de sua luta enquanto mulher, negra, lésbica e da periferia. Era presidente da Comissão da Mulher na Câmara Municipal do Rio e dialogava com as comunidades para atender as demandas referentes às questões de gênero, diversidade sexual e também militava pelos direitos humanos denunciando a violência das forças do estado nas periferias, ações que vitimam principalmente a juventude negra e pobre das comunidades do Rio de Janeiro e também do Brasil. Marielle Franco nunca se absteve de denunciar a violência contra os negros e pobres nas periferias.
No último sábado, Marielle denunciou por meio de suas redes sociais a atuação violenta do Batalhão da Polícia Militar de Acari. De 2011 até hoje, 467 pessoas morreram em área sob a responsabilidade desse batalhão sendo o mais letal do Estado.

Recentemente, Marielle havia assumido a relatoria da Comissão da Câmara de Vereadores para monitorar a atuação das tropas militares na intervenção federal que ocorre no Rio de Janeiro, a qual era publicamente contrária.

“Quantos mais vão precisar morrer antes que essa guerra acabe?” – questionou Marielle, no dia anterior ao de seu brutal assassinato.

É inadmissível que dentro do conceito do que signifique um Estado Democrático de Direito aconteça o brutal assassinato com indícios de execução de uma mulher negra e da periferia que fora eleita democraticamente para um cargo no legislativo municipal e que fora assassinada brutalmente em pleno exercício do seu mandato.

Exigimos imediata investigação desse crime brutal, punição dos criminosos e o fim da intervenção militar no Rio de Janeiro.

Que a morte da companheira Marielle Franco não seja em vão, como sua luta também não foi.

Marielle Franco, presente!

Anderson Pedro Gomes, presente!

Diretoria Colegiada do Sind-REDE/BH