Deliberação do  Seminário de Conjuntura: A Tarefa da Classe Trabalhadora no Segundo Turno

Em defesa da Educação Pública contra Bolsonaro, vote 13! Trabalhadoras e trabalhadores em Educação analisaram e discutiram a disputa do […]

Em defesa da Educação Pública contra Bolsonaro, vote 13!

Trabalhadoras e trabalhadores em Educação analisaram e discutiram a disputa do segundo turno para as eleições presidenciais que ocorrerá entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Houve consenso de que o acirramento desta disputa está marcado pela violência e a intolerância política, bem como uma enxurrada de notícias falsas (fake news). E Bolsonaro, defensor da ditadura e da tortura, intensifica seu discurso racista, machista, preconceituoso e antissindical.

Compreendemos que o Sindicato é um instrumento inalienável da classe trabalhadora. É o vetor das lutas econômicas, dos direitos e acordos de determinada categoria profissional. O Sind-REDE-BH, como representante das trabalhadoras e trabalhadores da Educação Básica de Belo Horizonte (MG), provou-se, nas últimas décadas, o principal defensor dos direitos e interesses de nossa categoria. Jamais se absteve de realizar as lutas dos diversos segmentos da categoria e não deixará de cumprir seu papel. Tendo em vista os princípios de constituição de nossa entidade sindical repudiamos veementemente quem defende a ditadura militar e os torturadores além de atacar as liberdades democráticas e as organizações dos trabalhadores.

Na atual conjuntura, nossa principal tarefa é orientar a unificação de nossa base de representação para derrotar essa candidatura de Jair Bolsonaro nas urnas e nas ruas, pois ele já tornou público que em seu eventual governo combaterá as mobilizações, as lideranças e, consequentemente, as liberdades democráticas.

As propostas de Bolsonaro para a educação pública representam um retrocesso quando defende a educação a distância desde os anos iniciais do Ensino Fundamental, a imposição da “Lei da Mordaça” (PLs Escola sem Partido), impedimento de ações pedagógicas de educação sexual, “militarização” do ensino, reintrodução de disciplinas ideológicas da época da ditadura, restrição do currículo apenas a Língua Portuguesa, Matemática e Ciências, precarização da Educação Infantil com compra de vagas em instituições não governamentais, como igrejas, além de ter a privatização da educação pública como meta.

Diante desse quadro nefasto, aprovamos a defesa da educação pública contra Bolsonaro, neste segundo turno chamando o Voto em Haddad, Voto no 13. Reafirmamos que nossa entidade se manterá na defesa da independência de classe, sendo forte oposição a qualquer governo que queira retirar direitos da classe trabalhadora e atacar os serviços públicos em qualquer tempo. Colocamo-nos contra as ameaças aos direitos trabalhistas e sociais, defendendo o direito de organização, o direito de greve, os direitos dos servidores públicos e os serviços públicos, o emprego, o salário, a terra e a moradia, a revogação imediata da Lei de Terceirização sem Limites, da Reforma Trabalhista, a Emenda Constitucional 55, que congelou os investimentos públicos por 20 anos, e da Lei Antiterrorismo que criminaliza as lutas sociais.

Belo Horizonte, 23 de outubro de 2018