Carta Aberta à Secretaria de Educação e ao Prefeito Alexandre Kalil

Corte das dobras é ruptura de contrato de trabalho, portanto demissão. O corte do vale refeição é corte de rendimentos, portanto redução salarial.

Carta Aberta à Secretaria de Educação e ao Prefeito Alexandre Kalil

Viemos através dessa, solicitar que essa administração pondere sobre o corte das dobras na Educação e a suspensão do pagamento do vale refeição dos terceirizados e concursados.

É sabido por todos que em função dos baixos salários os Trabalhadores em Educação, em sua maioria, duplicam a jornada de trabalho.

As extensões de jornada (dobras), são para estes trabalhadores a garantia de uma renda que garanta sua estrutura de vida.

Sempre reivindicamos que os cargos vagos, ou vagos por um período mais longo, fossem ocupados por cargos efetivos. Essa no entanto, não foi uma decisão tomada anteriormente o que resultou em um número grande de trabalhadores que assinaram contratos até o final do ano, sendo parte do orçamento “oficial” de suas famílias. A maioria dos trabalhadores e trabalhadoras que perderam suas dobras é da Educação Infantil que possui salários bastante baixos. Com os cortes, de uma hora para outra, essas trabalhadoras terão mais da metade de sua renda interrompida.

Além desses elementos, que por se só justificariam nossa indignação, pensamos no atendimento aos estudantes. Entendemos que no momento em que o mesmo for retomado, o cotidiano das escolas ficará ainda mais complexo, exigindo a presença de mais trabalhadores e não menos.

Ressaltamos que o vale refeição representa para trabalhadores que ganham salário mínimo, cerca de 40 a 50% de seus vencimentos. O que compromete sua capacidade de dar conta de despesas básicas.

Esperamos que neste momento Alexandre Kalil possa refletir sobre esta questão e rever a posição adotada.

Diretoria Colegiada Sind-REDE-BH