Acompanhe a votação da Reforma da Previdência no plenário da Câmara

O texto entrou em pauta, após liberação bilionária de emendas. É preciso dar a resposta nas ruas no dia 12 de Julho

Começou agora a pouco, às 15h dessa quarta-feira, a votação do texto principal da reforma da Previdência (PEC 6/2019) no plenário da Câmara dos Deputados. De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é possível terminar a votação dos dois turnos até sexta-feira (12/07), isso porque os deputados aprovaram, com 353 votos a 118, a proposta do PSL de encerrar o prematuramente o debate sobre o projeto.

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A massiva adesão à proposta que encurta a tramitação do projeto da reforma da Previdência, se deve à liberação, por parte do governo Bolsonaro, de  1,1 bilhão de reais em emendas parlamentares na área de saúde e o empenho de outros 2,5 bilhões para garantir apoio de deputados a favor da reforma.

O governo Bolsonaro que durante a eleição tanto criticou o “toma lá, da cá”, mais uma vez reforça que de “nova política” não tem nada. O presidente se utilizou dos mesmos artifício de seus antecessores, a liberação bilionária de emendas parlamentares, para comprar os votos dos deputados contra os direitos dos trabalhadores e do povo pobre.

Com essa manobra, além da aprovação recorde da admissibilidade da proposta, o governo conseguiu que todos os destaques apresentados fossem negados em bloco, sem que seu conteúdo fosse sequer apreciado pelo plenário.

É preciso resistir

Nesta sexta-feira, 12 de julho, as Centrais Sindicais junto ao movimento estudantil e movimentos sociais convocaram um grande Ato Nacional em Brasília, contra o fim da aposentadoria, pela valorização da educação e por Emprego. Reforçar a luta no dia da votação é essencial para mostrar ao governo que os trabalhadores não aceitam mais ataques e retiradas de direitos. Além do ato no Distrito Federal, também haverão mobilizações em todas as principas cidades do país.

Em Belo Horizonte, o Sind-REDE/BH convoca os trabalhadores da Educação Municipal para o ato na Praça Afonso Arinos, às 14h. Além das pautas gerais em defesa da Educação e da Previdência Social Pública, os trabalhadores da Rede também protestarão contra a ausência de índice de recomposição salarial por parte da Prefeitura e contra os cortes dos dias de paralisação.

Tramitação

Para ser aprovado, o texto precisa dos votos favoráveis de 308 deputados em cada turno. Caso consiga passar pela Câmara, a proposta ainda deve ser enviada para o Senado.

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