A importância histórica dos movimentos grevistas
Na história mundial não há nenhuma conquista da classe trabalhadora que não seja fruto da luta. Seja o limite da jornada de 8 horas, nos séculos 19 e 20, a proibição do trabalho infantil, a legislação trabalhista (aqui no Brasil a CLT), entre outras.
Na rede municipal não é diferente. Além dos reajustes salariais, tudo o que conseguimos, em todas as carreiras e setores, tem sido fruto das lutas e das greves da categoria. Plano de Carreira, progressões por mérito e escolaridade, quinquênio, férias prêmio (e conversão em espécie), condições materiais de trabalho, tempo de planejamento, não substituição, 1.6, acompanhamento médico de familiar, pagamento por habilitação/enquadramento (que unificou as carreiras dos professores nos anos 90), eleição de diretores e muitas outras conquistas só foram possíveis com a unidade, a luta e as greves da categoria. Além disso, a consciência política e a identidade de classe, a unidade e a solidariedade da categoria são aprofundadas nesses movimentos.
Como dizem, “o não está garantido, vamos lutar pelo sim”!
Por que entramos em greve?
Uma parte de nós, mais injustiçada e fragilizada, as professoras da educação infantil, tomaram a frente da luta pela carreira única e enfrentaram a prefeitura. Diante da truculência do prefeito e do governador, o movimento ganhou força e reconhecimento público e social. A correlação de forças com o governo moveu-se a nosso favor. Precisamos aproveitar o momento e fortalecer nossa luta, abrindo mais vantagem sobre o prefeito. Ampliar o movimento em defesa do nosso reajuste salarial e da melhoria de nossas condições de trabalho é tarefa de toda a categoria! Vamos lutar contra os ataques da prefeitura: avaliação de desempenho, tempo de planejamento e arrocho salarial, além da luta pela carreira docente única.
A greve da Educação Infantil que completa um mês dia 23/05 e a aprovação da greve do ensino fundamental dia 09/05, fizeram a PBH e a SMED se moverem. Apresentaram propostas para a educação infantil, para o tempo de planejamento, para a avaliação de desempenho, mesmo que ainda que cheias de armadilhas e insuficiências. Então, para aproveitar o momento de relativo enfraquecimento do governo e avançarmos em tais propostas é preciso mais pressão: unidade e ação, ou seja, uma greve forte de toda a categoria.
SEMINÁRIO: Tempo de Planejamento e Avaliação de Desempenho
Dia 22/05, das 8h às 18 horas – Associação Médica de Minas Gerais – (Av. João Pinheiro, 161, Centro, Belo Horizonte/MG
A PBH, sob pressão, apresentou algumas propostas para o tempo de planejamento e avaliação de desempenho. Mesmo assim, tenta enganar a categoria e a sociedade. Coloca armadilhas nas propostas, desvirtua nossas reivindicações e mente com o apoio da mídia empresarial: diz que vai reduzir a jornada de trabalho e que atendeu reivindicação histórica dos professores. Acena com possibilidade de flexibilidade do local do planejamento e coloca em discussão o tempo do recreio e outros tempos dos professores nas escolas. Precisamos aprofundar o debate entre nós e por isso a assembleia aprovou a realização de um seminário para análise das propostas e construção de contrapropostas em relação às “7horas” e à avaliação de desempenho. Portanto, precisamos do maior número possível de participantes da categoria nesse seminário para tomarmos uma decisão acertada e mais consensual possível. Participe!
Assembleia: espaço de decisão
Reunidos em assembleia geral os/as trabalhadores/as em educação decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado. O prefeito não apresentou índice de reajuste para o ano de 2018, não cumpre a lei que nos garante 1/3 da jornada para planejamento e não valoriza a educação.
A assembleia é uma instância deliberativa da categoria e a participação de todos e todas é fundamental para definirmos os rumos do movimento. Quem participa, decide!
23 de maio é dia de decisão e luta! Venha com a gente!
Todas as nossas conquistas são fruto de greve!
REAJUSTE SALARIAL JÁ!
7 HORAS DE PLANEJAMENTO COM TEMPO COLETIVO!
CARREIRA DOCENTE ÚNICA!
A unidade é a condição primeira da vitória coletiva
É normal que frente a uma situação de ataques às trabalhadoras e trabalhadores, haja diferenças na avaliação da situação e nos rumos que devemos seguir. Como a decisão diante desse impasse só pode ser coletiva, devemos respeitar a posição majoritária. Dia 09 tomamos uma decisão que foi confirmada na assembleia do dia 17: GREVE GERAL E UNIFICADA DA EDUCAÇÃO! Diante dessa decisão a única ação a ser feita por todas e todos é entrar na greve e fortalecê-la, pois, a vitória do movimento é a vitória de todas/os as/os trabalhadoras/es em educação.
Vamos derrotar esse governo e garantir nossa valorização!
Unificação das Carreiras: Unificação das Conquistas
Uma das principais formas dos governos para impedir conquistas significativas de direitos é a divisão dos/as trabalhadores/as. Quando todos/as lutam por uma causa única é mais difícil combatê-los; quando o movimento é fragmentado por segmentos, o combate pontual passa a ser mais fácil.
Em 2003, quando o governo quebra a carreira dos professores municipais, fragmenta as lutas e consequentemente diminui as conquistas. Unificar a carreira da Educação Infantil com a do Ensino Fundamental significa unificar também as bandeiras levantadas pelos/as trabalhadores/as em educação, criando um grupo mais coeso e combativo. Pagar a dívida social existente hoje em Belo Horizonte para com as professoras da Educação Infantil representa retirar de cena o que nos diferencia e ganhar força no que nos unifica: somos professores e professoras.
Além disso, a unificação da carreira é o reconhecimento e a valorização das crianças pequenas na cidade. Reconhecer a necessidade de formação/valorização das professoras que atuam com elas, é reconhecê-las como sujeitos de direito. Quando somos capazes de pensar e brigar por quem ainda não tem voz, percebemos que evoluímos muito como sociedade. Reconhecer direitos de quem não exerce poder significa que todos os outros estarão com seus direitos garantidos também.
AUXILIARES DE BIBLIOTECA E SECRETARIA: PRESENTES NA LUTA!
Aperfeiçoar o PL 442 e garantir valorização!