Um mar de gente lotou as ruas de BH em defesa da Educação e contra a Reforma da Previdência

A última quinta-feira (30/05), foi marcada por manifestações em defesa da Educação em todo o Brasil. Inicialmente convocadas pela UNE (União Nacional […]

A última quinta-feira (30/05), foi marcada por manifestações em defesa da Educação em todo o Brasil. Inicialmente convocadas pela UNE (União Nacional dos Estudantes), como o 2º Dia Nacional de Luta em defesa da Educação e Contra o Corte de Verbas, a manifestação aglutinou diversos setores do Movimento Social organizado, Sindicatos da Educação e um amplo setor do Movimento Estudantil.

Na sexta-feira anterior ao ato (21/05), as Entidades do Movimento Estudantil e Sindical da Educação de Belo Horizonte se reuniram para definir uma agenda comum para o dia 30. As entidades decidiram por fazer um chamado unitário com concentração na Praça Afonso Arinos saindo em passeata em direção a Praça da Estação (chamado de “Cortejo Mar de Gente”), onde aconteceu um ato artístico-cultural com a presença do Bloco Havaianas Usadas, DJ Russo e José Luís Braga, da banda Graveola. A reunião também deliberou a incorporação da pauta contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro.

Incorporação da Rede

A partir da reunião das entidades e da deliberação da Assembleia da Educação do último dia 15 de maio, que aprovou a incorporação aos atos nacionais, a diretoria colegiada do Sind-REDE definiu pela Paralisação Total da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte, se incorporando as atividades do dia 30 de Maio.

Logo nas primeiras horas do dia, aconteceram panfletagens contra a reforma da Previdência em diversas regionais da cidade. À tarde, os trabalhadores da Educação Infantil lotaram a Câmara Municipal de Belo Horizonte e participaram de audiência pública que debateu os problemas do setor como as condições de trabalho, fechamento de turmas e cumprimento de acordo de greve. Por volta das 17 horas, todos os participantes se concentraram na Praça Afonso Arinos.

Os mais de 200 mil manifestantes seguiram pelas ruas de cidade e disseram um sonoro NÃO aos cortes de verbas na Educação. Os trabalhadores da Rede Municipal de Educação ainda lembraram, em suas intervenções, que os cortes de 30% feitos por Bolsonaro e o seu ministro da Educação Abraham Weintraub, não são exclusividade da Educação Federal. Em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil também realizou cortes de 20% nas verbas de custeio da Educação Municipal

Agora é mobilizar rumo à GREVE GERAL!

As manifestações do da 15 e do dia 30 de maio demonstraram que a luta pela Educação e contra a reforma da Previdência tem bastante força. De forma surpreendente, várias capitais conseguiram aumentar o já gigantesco número de manifestantes nas ruas de um ato para o outro.

O próximo passo do movimento é a construção da Greve Geral, convocada pelas Centrais Sindicais para o dia 14 de junho. A Assembleia do dia 15/05 já deliberou por paralisação total dos trabalhadores da Rede por 3 dias (12, 13 e 14 de junho), para construir a mobilização da Greve. Na última assembleia também foi aprovado o seguinte Calendário de Mobilização:

Calendário

  • Participação das atividades gerais do movimento em defesa da Educação e Contra a Reforma da Previdência.
  • 03/06 – Audiência pública sobre segurança no trabalho dos trabalhadores em educação (participação por representação)
  • 08/06 – Panfletagens nas comunidades sobre a Greve Geral
  • 12, 13 e 14/06 – Paralisação Total na Rede
  • 12/06 – Atividade de agitação e convocação da Greve Geral
  • 13/06 – Ato na perícia médica e porta da PBH
  • 14/06 – GREVE GERAL