Todo apoio a greve dos trabalhadores da Rede Estadual de Educação

Trabalhadores reivindicam a quitação do 13º salário, o pagamento do piso salarial e o não fechamento de turmas

Os trabalhadores da Rede Estadual de Educação deliberaram Greve, na quarta-feira (05/02), em assembleia realizada no pátio da ALMG. O movimento paredista reivindica como pauta prioritária o pagamento do 13º salário, isonomia no reajuste salarial do serviço público e o cumprimento da lei do Piso Salarial da Educação. Além disso, se posicionam contra os ataques do governador Romeu Zeoma (Novo) à Educação que tem gerado o fechamento de turmas e ameaça o emprego dos designados.

No final do ano passado, Zema alterou as regras de matrícula do Estado, instituindo a matrícula online como forma única. Isso prejudicou o encaminhamento anual dos alunos da Rede Municipal para a Rede Estadual, além de denúncias apuradas pelo Sind-UTE de estudantes que foram matriculados muito longe de suas casas e, até mesmo, em escolas do sistema prisional.

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Além de não ter chamado o número esperado de professores aprovados no Concurso Público (mantendo em larga escala os processos de designação), o Estado anunciou o fechamento de vagas do Ensino Fundamental (que as Prefeituras afirmam não ter como suprir), adesão à militarização das escolas e iniciou a fusão e o fechamento de várias turmas do Ensino Médio, ainda em 2019, penalizando profissionais (alguns ficaram desempregados) e alunos que tiveram que enfrentar essas mudanças às vésperas do ENEM.

As alterações no Ensino Médio foram feitas com base na justificativa da evasão escolar, mas os trabalhadores em Educação sabem que o risco de evasão é ainda maior em turmas superlotadas que dificultam a aprendizagem dos alunos.

Privatizações

Para piorar, Romeu Zema afirma ostensivamente nas mídias que seu plano para o Estado é o de aprofundar as privatizações, a terceirização e a retirada de direitos. Esse projeto tem como uma de suas faces o desmonte da Rede Estadual de Ensino, que começou já no início do governo, a partir de parcerias com empresários, banqueiros e Organizações Sociais (OS).

O modelo de gestão empresarial também gera problemas. Ao estabelecer metas de redução de gastos, a Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) demitiu centenas de vigilantes de escola e colocou em risco estudantes, familiares e trabalhadores. Também cortou milhares de vagas na Educação de Tempo Integral, gerando desemprego e evasão escolar no decorrer do ano letivo. Ainda impôs uma campanha de redução de turmas com metas preestabelecidas de fechamento que deveriam ser cumpridas em 15 dias.