Sind-REDE repudia a decisão de Zema em atrasar pagamento de servidores

Apenas trabalhadores da saúde e segurança receberão o salário em dia. Governador não apresentou data para os demais servidores

O Sind-REDE/BH repudia a atitude oportunista do governador Romeu Zema (Novo) de não pagar os salários dos servidores estaduais das mais diversas áreas. O governador, que ainda deve parte do décimo terceiro para um setor do funcionalismo, joga mais uma vez a conta da crise nas costas dos servidores estaduais. O governo anunciou que apenas os trabalhadores da saúde e da segurança pública serão pagos em dia, com a totalidade de seus vencimentos, ficando de fora todos os demais.

Em tempos de pandemia, é função do governo garantir a saúde e proteção financeira dos trabalhadores. Não é possível manter qualquer tipo de isolamento social, se os trabalhadores tem a sua renda comprometida. Além disso, o atraso e escalonamento dos salários compromete o poder de compra para necessidades básicas como alimentação e medicamentos, além de gerar inadimplência, o que contribui no aprofundamento de uma recessão econômica.

O governador alega que, devido a queda nas receitas do Estado, não possui recursos para pagar o salário dos servidores e nem sequer apresentou uma previsão para que o pagamento seja efetivado. Em um ato de improviso, o Governo utilizou recursos da Educação paga fazer o pagamento dos servidores da saúde e segurança. Mas, enquanto desvia verbas do serviço público, Zema continua a isentar em R$ 6 bilhões os grandes empresários e não cobra a dívida da União com o Estado, referentes às compensações da Lei Kandir.

O coronavírus é uma realidade mundial, que exige dos estados planos de emergência e contingência que priorizem a proteção dos trabalhadores e de suas famílias. A postura de Zema atenta contra esse principio, comprometendo o isolamento social, a segurança alimentar e a saúde física e mental dos servidores públicos, acentuando os impactos da pandemia sobre estes trabalhadores.

O Sind-REDE manifesta todo o seu apoio ao funcionalismo público estadual e exige que o governador reveja essa política e pague os salários de todos os servidores em dia, sem escalonamento.