Sind-REDE participa de Dia Nacional de Luta em Defesa dos Serviços Públicos

Atos simbólicos aconteceram em todo o país contra os ataques do governo Bolsonaro ao serviço público

O funcionalismo público realizou um dia luta nesta quarta-feira (27), com atos simbólicos em diversas capitais e no Distrito Federal. A iniciativa, organizada pelo Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Público Federais), contou com a participação de servidores que protestaram contra os projetos do governo Bolsonaro de desmantelar os serviços públicos, os salários e empregos dos servidores. Repúdio às declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que os chama de inimigos e promete granada contra a categoria.

Em Belo Horizonte, o Sind-REDE realizou um ato na Praça Sete, denunciando também a proposta do prefeito Alexandre Kalil (PSD), de aumentar 3% na aliquota previdenciária dos servidores, sem qualquer contra-partida por parte do poder público. Tal política representa uma redução salarial direta, anulando os efeitos do reajuste conquistado com as greves de 2019 e 2020.

Os trabalhadores também denunciaram a política genocida do governo federal e de governadores que incentivam e defendem o afrouxamento da quarentena para beneficiar o capital e os patrões. Além disso, foi pauta dos protestos a constante intenção do governo em encaminhar a desregulamentação de direitos constitucionais e de repúdio à privatização generalizada no setor, que precariza o trabalho dos servidores e e diminui garantias do Estado nos serviços públicos.

Confira o vídeo do ato do Sind-REDE.

Bolsonaro proíbe reajustes para servidores até o fim de 2021

No mesmo dia em que os servidores protestavam contra o desmantelamento do Serviço Público, o governo Bolsonaro desferiu mais um grande ataque contra esses trabalhadores. Desrespeitando o acordo realizado com o Congresso Nacional, o presidente sancionou a Lei de Socorro aos Estados e Municípios, mas vetou a possibilidade de manter o reajuste para diversas categorias dos servidores. A decisão foi publicada hoje (28/05), no Diário Oficial da União.

No projeto aprovado pelo Congresso Nacional poderiam receber reajustes os trabalhadores da Educação, Saúde, Limpeza Urbana, Assistência Social, Agentes Funerários, Segurança e Forças Armadas. Com o veto, os salários de todo o funcionalismo deve permanecer congelado até o fim de 2021. Agora, o Congresso pode manter ou derrubar os vetos de Bolsonaro.

Bolsonaro tenta manter sua base

Para não comprar um desgaste ainda maior com a sua própria base, o presidente tratou de publicar duas Medidas Provisórias que beneficiassem policiais, para assim, livrá-los das travas do aumento salarial impostas pelo Pacote de Ajuda aos Estados e Municípios.

Uma delas, publicada na última terça-feira (26/05) autoriza o reajuste para policiais civis, militares e bombeiros do Distrito Federal. A segunda é uma proposta de reestruturação da carreira da Polícia Federal.

As Medidas provisórias tem validade de lei a partir de sua publicação, mas precisam ser avaliadas pelo Câmara e pelo Senado para continuar valendo.