Relatório Comissão EJA: Revitalização da EJA na REDE

Conforme divulgado no Boletim do Sind-REDE/BH, “Especial EJA”, publicado em 28 de março de 2018, como deliberação da reunião de […]

Conforme divulgado no Boletim do Sind-REDE/BH, “Especial EJA”, publicado em 28 de março de 2018, como deliberação da reunião de representantes, que teve como pauta específica a revitalização da EJA na Rede, foi montada uma comissão com o objetivo de encaminhar as deliberações e propostas apresentadas. A comissão é composta pelos seguintes membros:

Vanessa Portugal – Sind-REDE/BH

Joaquim Ramos – E.M. Dinorah Magalhães Fabri

Manoel Marcus – E.M. Edith Pimenta da Veiga

Maria José de Paula – E.M. Senador Levindo Coelho / E.M. Vila Fazendinha

Maurício Estevam Cardoso – E.M. Eloy Heraldo Lima

A Comissão é aberta a todos e todas interessados(as) que queiram discutir propostas para a Educação de Jovens e Adultos na Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte.

A primeira reunião da Comissão ocorreu na sede do Sind-REDE/BH no dia 06 de abril de 2018. As discussões giraram em torno de se traçar estratégias para revitalizar e fortalecer as discussões acerca da EJA na Rede, bem como de construir e  consolidar a concepção de EJA que a maioria da categoria defende.

Para se definirem estratégias nesse sentido, a comissão reconhece que:

  • O Sind-REDE/BH tem o papel de aglutinar, problematizar e avaliar as propostas e tendências existentes na Rede em relação à concepção e organização da EJA, assumindo seu protagonismo nesses processos;
  • A formação político-pedagógica dos docentes da EJA é também tarefa do Sind-REDE/BH e este tem papel central na identificação das demandas formativas daqueles(as) que atuam na EJA, propiciando espaços e tempos mais adequados para sua consecução. Para tanto, o primeiro passo é estabelecer o reconhecimento desse sujeito educador, qual seu “perfil”, seus pertencimentos e posicionamentos em relação às concepções de EJA;
  • As discussões político-pedagógicas da EJA passam necessariamente por questões que atingem toda a categoria, tais como valorização do(a) profissional, melhores condições de trabalho, respeito à autonomia das escolas, dentre outras. Especificamente para a EJA, a construção de uma pauta de reivindicações envolve a questão do quantitativo professor/turma, a referência de 1.6 para a EJA; a defesa da lotação na EJA, aspecto básico para a construção de processos identitários daqueles(as) que atuam na modalidade. Nesse sentido, o Sind-REDE/BH deve “receber” as questões que implicam na organização e concepção da EJA apresentadas pelos docentes e construir canais de negociação específicos com a SMED.
  • O Sind-REDE/BH deve “cobrar” da atual Gerência da EJA/SMED os encaminhamentos propostos nos seminários realizados em 2017, por uma questão de responsabilidade pública, pois entende-se que houve um grande investimento humano e financeiro para a efetivação do processo de discussão coletiva acerca dos rumos a serem tomados pela EJA na Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte.

A partir dessas considerações, a Comissão apresenta as seguintes propostas para apreciação da diretoria colegiada do Sind-REDE/BH:

  • A realização de uma Conferência no mês de maio, ministrada por um(a) professor(a)/pesquisador(a) com vasto conhecimento (estudos e pesquisas) sobre a EJA no Brasil. Essa Conferência teria como principal objetivo dar visibilidade ao início de um conjunto de ações, propostas e coordenadas pelo Sind-REDE/BH, em relação à EJA para a Rede, ainda em 2018. O tema proposto para a Conferência é: “Avaliação: desafios do docente da EJA”.
  • O Sind-REDE/BH, por meio da Comissão, ainda, organizará boletins específicos para a EJA, que tratem de temáticas pertinentes à modalidade, bem como indicará leituras, palestras, vídeos, conferências e a realização de encontros presencias com os sujeitos da EJA – educandos(as) e educadores(as). Os boletins podem ter suporte físico ou virtual.

A Comissão de Revitalização da EJA na Rede entende ser esse um importante momento de afirmar a posição da categoria em relação à concepção de EJA que se quer para a Rede. Para tanto, a comissão entende ser necessário que haja um efetivo incentivo à participação dos docentes que atuam na modalidade nos espaços formativos propostos pelo Sind-REDE/BH, que cada participante seja um(a) fomentador(a) das discussões em seus locais de trabalho. A perspectiva da EJA como um direito é, e sempre foi, uma bandeira dos trabalhadores em educação,  portanto, cabe a cada um(a) a responsabilidade pela construção de uma Educação de Jovens e Adultos que esteja em sintonia com as necessidades dos(as) estudantes que nela ingressam.

Belo Horizonte, 06 de abril de 2018.