Jadilson Rodrigues

Nota de Esclarecimento

ATENÇÃO! Está circulando nas Redes Sociais uma petição pedindo a aprovação do PL que cria o cargo de Assistente Administrativo […]

ATENÇÃO! Está circulando nas Redes Sociais uma petição pedindo a aprovação do PL que cria o cargo de Assistente Administrativo Educacional na PBH. Esclarecemos que essa iniciativa não tem qualquer relação com Sind-REDE/BH. Em relação à criação desse cargo, esclarecemos que isso vai ser decidido nas instâncias do Sindicato e em Assembleia específica no dia 30/10/17, conforme foi decidido em plenária conjunta de Auxiliares de Biblioteca e Secretaria no dia 27/09 e que teve os seguintes encaminhamentos aprovados:

– Exigir nova reunião com a SMED, incluindo a SMARH, informando a insatisfação da categoria com a perda da identidade profissional com a fusão dos cargos, visto que as atribuições garantidas em concurso público serão gravemente alteradas. Além disso, tais atribuições seriam somente conhecidas após a aprovação do Projeto de lei e isso é inadmissível. Outra questão foi em relação à autonomia que será dada para as direções decidirem sobre quais funções o cargo de Assistente Administrativo Educacional vai exercer nas Escolas/UMEIs. Essa reunião acontecerá no dia 19/10.

– Caso o Projeto de Lei seja encaminhado para a Câmara Municipal de Belo Horizonte o Sindicato convocará urgentemente Assembleias específicas para que Auxiliares de Biblioteca e Secretaria deliberem sobre o aceite ou não da proposta da prefeitura.

– Elaboração de abaixo-assinado e dossiê sobre as atividades exercidas pelos Auxiliares de Biblioteca.

Diretoria Colegiada do Sind-REDE/BH

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Uma resposta para “Nota de Esclarecimento”

Márcio Carvalho Teixeira disse:

17 de outubro de 2017 às 21:05

Meus respeitos e meus cumprimentos a todas as pessoas de bem, boa tarde.
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Há uma questão que me inculca… explico:
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A prefeitura diz (áudios gravados) que não reduzirão o número de servidores, que não haverão demissões, até que haverá “certo tipo” de opção por cada servidor individualmente (sobre 6 e 8 hs)… situações do tipo.
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Fico me perguntando aqui: já que neste momento estão todos lotados em seus cargos (de acesso por concurso público planejado pelo próprio ente público), se não haverá alteração no quadro e ninguém será prejudicado, qual seria então a razão de FUNDIR dois cargos com competências/incumbências/tarefas tão díspares ?
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Tem mais, por que razão tanto “segredo” sobre as atribuições do novo cargo? Ou não está definido ou já está definido e o fato de revelarem pode causar um tumulto enorme, já que é contrário aos desígnios previstos nos editais dos concursos públicos, corroborando a tese da Comissão e do Sindi-REDE (embora também fruto de alguma especulação).
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Só vejo duas razões: ou é para [1] precarizar ainda mais o que já não é muito bom no atendimento ao público em geral (não pelos servidores, mas por falta de estrutura, incentivo, estímulo e reconhecimento etc.) ou porque é [2] tudo mentira da PBH, vão sim (além de precarizar o trabalho e o atendimento ao público, visto que não haverá nenhum servidor plenamente preparado) demitir e criar uma função do tipo “faz tudo” (jocosamente intitulada: “severino”, um apelido horrendo e discriminatório atribuídos aos nordestinos que vêm para o sudeste serem quase escravos das elites). Corrobora a tese de desmonte do serviço público pelo Estado, uma das ferramentas da dronificação da política e financeirização do poder, molas mestres da corrupção sistêmica que (ao invés de treinar e oferecer planos de carreira dignos) deseja a privatização, terceirização e quarteirização dos serviços públicos.
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► e ainda existem pessoas que (no afã de exercer direito democrático) aquiescem a um absurdo como esse. A azafama tem talvez um motivo, não é aqui neste grupo ou nos de whatsapp, é no Brasil em geral, uma população que (propositalmente, por deliberada intenção do ente público) não recebe educação de verdade (desde as muitas gerações passadas), afetando a formação no lar (berço) e na escola (intelectualidade), ingredientes essenciais para a formação de senso crítico, disso resultado em massa de manobra das elites (que estimulam a divisão, a ruptura, que dá azo à manipulação e dominação pelo “consenso”).
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► Seu trisavô, bisavô, avô e pai não receberam educação de verdade em alto padrão, tendo produzido uma educação “DE BERÇO” muito ruim, algumas populações (de tão violentas) mais parecem aglomerados de animais irracionais. Assim, de intelectualidade muitíssimo baixa, nenhum senso crítico, não há como ou porque esperar que todos os brasileiros hoje sejam críticos e sensatos, aliás, o que se pode esperar é que sejam “espertos”, “aproveitadores”, que levem tudo na “camaradagem” e em meio à “corriola”, enfim, no “Jeitinho Brasileiro”, como bem definiu Roberto DaMatta [*] através de certa visão romantizada dessas “patologias corruptivas”, consideradas a partir do elemento cultural que ocasionou e permite a perpetuação do “jeitinho” e da “malandragem” no contexto social brasileiro.
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► Disso tudo só se pode concluir sobre os apelidos pejorativos que frequentemente recebem os brasileiros: “severino”, “chapéu de trouxa” (“chapéu de trouxa é balaio de banana”), “mané” etc. NOTA: aqui é apenas uma colocação ilustrativa, nunca uma ação de bulliyng, algo detestável no seio da sociedade e muito praticado em grupos de whatsapp (inclusive no nosso, abominável e repulsivo, eu mesmo já fui vítima, embora minha experiência de vida e discernimento não me deixem dobrar diante de tais idiotices).
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► poucos perceberam tantas manobras, o que me leva a outro questionamento lúcido. Seria por essa razão que (sem a perfeita compreensão que o abalizado senso crítico propiciaria) que surgem motivações dessa ordem, concordar com algo que não conhecem? Pior, construir um ambiente de petição pública sobre algo que não tem bases definidas?
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► mais uma vez outro questionamento: seria o mesmo que os judeus terem feito uma “petição pública” concordando com a remoção para os campos de Auschwitz, Mauthausem, Treblinka e tantos outros? Neste sentido tendo algum tipo de “visão de futuro” de que o nazista queria de verdade algo de bom para o povo judeu? Teriam sido chamados de idiotas e tolos ou não seriam, como se pode concordar com algo obscuro? Ora, tenha a santa paciência…

Estamos mesmo como o grande boi (salvo engano em Platão) que foi lançado no caldeirão do vulcão, daí o seus olhos arregalados e assutados, há “malandragem” ou má-fé por parte do ente público ou tolice por parte de quem aquiesce em uma proposta que sequer seu conteúdo é conhecido… concordar com algo que não se conhece parece mesmo uma tolice, é em si insólito… desculpe a franqueza.

[*] Roberto Augusto DaMatta é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq – Nível SR. Graduação e Licenciatura em História pela Universidade Federal Fluminense (1959 e 1962), especialização em Antropologia Social do Museu Nacional (1960); M.A. e Ph.D. em, respectivamente, 1969 e 1971 pelo Peabody Museum da Universidade de Harvard. É Professor Emérito da Universidade de Notre Dame, USA, atualmente é Professor Titular da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. CNPq, CV disponível

NOTA: texto assinado, Márcio Teixeira (membro da Comissão de Auxiliares de Secretaria).

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