Nesta segunda (4) as (os) professoras(es) da Educação Infantil definiram, em assembleia, pela continuidade da greve, que irá completar 45 dias. A greve é pelo reconhecimento da formação das professoras da Educação Infantil de forma a equiparar a carreira delas com a carreira das(os) professoras(es) do Ensino Fundamental.
No dia de ontem, a assembleia específica da Educação Infantil iniciou o debate de suspensão da greve diante da possibilidade, que estava sendo construída com o governo, de no final da tarde o prefeito Alexandre Kalil (PHS) ou seus secretários apresentarem as linhas gerais da proposta para o avanço da carreira. No entanto, durante a assembleia o governo entrou em contato informando que o prefeito havia recuado na sua posição e não receberia mais a comissão de negociação do Comando de Greve naquele dia e também não autorizaria que os secretários apresentassem nenhum documento à categoria, mesmo que o Comando de Greve entregasse documento declarando a suspensão da greve. Tal atitude serviu apenas para aumentar a desconfiança que a categoria já tem do governo Kalil.
Em 2016, o atual vice prefeito, Paulo Lamac (REDE) esteve na entidade Sindical, em nome da chapa Kalil e Lamac, e afirmou que ganhando a eleição a proposta de governo seria mudar a carreira da Educação Infantil de forma a aproximar e equiparar com a carreira do Ensino Fundamental. O vídeo com esta promessa está nas redes sociais do Sind-REDE/BH.
A greve da Educação Infantil iniciou com um forte ataque da polícia militar (Batalhão de Choque) contra as professoras, ordenado, ou pelo menos autorizado, pelo prefeito Alexandre Kalil e o governador Fernando Pimentel. Depois desse ataque o prefeito recebeu para uma única negociação e fechou as conversas. O próximo passo foi cortar o salário das professoras, colocando em risco a segurança alimentar de suas famílias. Utilizou a Secretária de Educação, Ângela Dalben, e diretoras regionais e gerentes com objetivo de mentir para as professoras e com isso convencê-las a furarem com o movimento grevista. E o mais grave, o governo fingiu que iria negociar e voltou atrás quando as professoras da Educação Infantil discutiam a possibilidade de aceitar suspender a greve.
Tudo indica que Kalil ainda não entendeu que a cidade não é a empresa dele e muito menos um time de futebol. Que é a vida educacional de milhares de crianças que está em jogo. Que é com a segurança de mais de 5 mil mulheres, professoras com curso superior, que sustentam suas famílias com um salário líquido de aproximadamente 1 mil reais, que ele está fazendo chantagem.
O último pedaço da máscara caiu de vez, Kalil de fato não é político é um cartola do futebol que age como os mais velhos e degenerados coronéis deste país: tudo aos amigos e dane-se o povo pobre e trabalhador da cidade.
VAMOS CERCAR DE SOLIDARIEDADE E APOIO AS PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Não há como ser derrotada a greve destas valorosas mulheres, a vitória já está consolidada quando muitas romperam as amarras da opressão e foram às ruas, enfrentaram a polícia, dormem na porta da prefeitura e aguentam ter seu salário cortado em nome da dignidade da profissão docente e delas próprias. Sabemos que os homens do comando desta prefeitura jamais entenderam isto. Infelizmente, a Secretária de Educação, Ângela Dalben, ou está muito confortável com seu salário e status de secretária ou é covarde demais para entender. Mas, as trabalhadoras e os trabalhadores da cidade sabem muito bem o quanto estas professoras estão sendo valentes e se superando.
Vamos encher de solidariedade esta greve; todas e todos compartilhando nas redes sociais #NEGOCIAKALIL, ajudem a coletar alimentos não perecíveis para garantirmos cestas básicas para as professoras, doem um tempo de seu dia para apoiarem o acampamento das professoras na porta da prefeitura.
Esta luta é por qualidade na educação, é uma luta de todas as pessoas honestas da cidade!
“NADA CAUSA MAIS HORROR À ORDEM DO QUE MULHERES QUE LUTAM E SONHAM!” José Martí
Diretoria Colegiada Sind-REDE/BH
