Hospital desmente imprensa e atesta que morte não foi gerada por pneus queimados

Edi Alves Guimarães teve uma parada cardiorrespiratória durante as manifestações da Greve Geral, mas exames não constataram intoxicação por monóxido de carbono

O Sind-REDE/BH lamenta a morte da trabalhadora Edi Alves Guimarães, que teve uma parada cardiorespiratória enquanto se dirigia ao trabalho do dia (14/06). Ela trabalhava como encarregada de limpeza há cerca de dez anos, era casada e mãe de oito filhos. A mulher, de 53 anos, passou o fim de semana internada no Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI) do hospital Risoleta Neves e faleceu na tarde de segunda-feira (17/06).

Segundo nota publicada pelo Hospital Risoleta Neves (acesse aqui), Edi não morreu por intoxicação por monóxido de carbono, mas sim em decorrência de doença cardíaca e neurológica. Essa informação contrapõe a versão divulgada pela imprensa, de que a morte foi causada pela fumaça das barricadas de pneus que fecharam a Avenida Antônio Carlos, na altura da UFMG, em Belo Horizonte.

O laudo médico comprova a versão de diversas testemunhas oculares que estavam presentes no trancaço. Segundo os manifestantes, o ônibus de Edi Alves se encontrava longe da barricada e, por isso, seria improvável que ela tivesse inalado a fumaça dos pneus.

É lamentável que a imprensa utilize a tragédia da morte de uma trabalhadora como arma política para tentar desmoralizar os atos da Greve Geral do dia 14 de junho. A difusão de notícias falsas só piora essa situação. Uma apuração séria deveria ouvir as diferentes versões dos fatos, o que envolveria, além da Polícia Militar, as demais testemunhas presentes e a consulta dos laudos produzidos pelo hospital, antes de procurar apontar culpados.