Contribuições – Seminário de Conjuntura

Seguem abaixo as contribuições enviadas: VOTO EM HADDAD 13 PELA DEMOCRACIA E DIREITOS E  CONTRA O RETROCESSO. Companheiras e companheiros, Estamos […]

Seguem abaixo as contribuições enviadas:

VOTO EM HADDAD 13 PELA DEMOCRACIA E DIREITOS E  CONTRA O RETROCESSO.

Companheiras e companheiros,

Estamos diante de uma definição de segundo turno eleitoral que irá marcar a história de nosso país e de nossas vidas.

De um lado, o candidato da extrema-direita neofascista e, de outro, o representante de lula e do petismo.  Entendemos que a neutralidade não é uma opção e que há apenas um lado para nós lutadores nesta disputa: derrotar a ameaça neofascista no 2º turno das eleições.

A chegada de Bolsonaro à presidência representará a vitória do mais devastador entre os projetos de opressão e exploração do capital no Brasil.

Ele no poder significa que os direitos sociais e trabalhistas, como a aposentadoria e o 13º salário serão retirados. Ele é a ameaça à vida das mulheres, dos negros e negras, LGBTs, dos indígenas e imigrantes. No poder, Bolsonaro representará a supressão das já limitadas garantias democráticas que temos, especificamente das organizações de esquerda, dos sindicatos e movimentos sociais, para isso quer impor um regime autoritário para derrotar qualquer resistência. Representa o retorno da ditadura militar.

Por isso, ele não. Ditadura nunca mais. Vamos defender nossos direitos! Votaremos 13 no segundo turno para impedir que Bolsonaro seja eleito presidente.

Nós que subscrevemos este documento temos diferenças profundas com Lula e o PT. Porque estes fizeram um governo de conciliação de classe com os ricos, poderosos e corruptos (os mesmos que deram o golpe em 2016). Por isso a frustração e a desilusão tomaram conta do sentimento de grande parte da população, fazendo com que Bolsonaro seja o catalizador de tal sentimento de mudança. Isso significa que um novo estelionato eleitoral se avizinha com consequências trágicas para a classe trabalhadora e para a juventude pobre.

O PT não pode mais repetir esse erro. Faz-se necessário que Haddad, neste 2º turno, assuma o compromisso público com a classe trabalhadora de revogar todas as reformas de Temer, de não aceitar nenhuma reforma da previdência que retire direitos e de romper com todas as alianças com a direita e a burguesia corrupta. Além disso, é necessário defender um programa que contenha a reversão das privatizações e das medidas repressivas, como a Lei Antiterrorismo sancionada por Dilma. É preciso, também, acabar com a farra dos bancos e garantir os direitos das mulheres, negros, LGBTs e indígenas. Através do povo trabalhador organizado e mobilizado, é possível desfazer as medidas do golpe e derrotar a extrema-direita. A “governabilidade” deve ser garantida pela força das ruas e não por meio de acordos espúrios com a bancada patronal e corrupta que domina o Congresso Nacional.

A batalha ainda não foi definida. Votaremos em Haddad (PT) no segundo turno para derrotar Bolsonaro e impedir a vitória da extrema-direita neofascista, mas também para construir as lutas de amanhã.

Pelas liberdades democráticas e pelos nossos direitos, vamos derrotar Bolsonaro!

 

Fábio Jardim – EM  Jardim Vitória

Maria da Conceição Oliveira – Aposentada

Nilton Francisco – EM Milton Campos

Pedro Valadares – EM Milton Campos

Sérgio Souza – EM Milton Campos

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2° Turno: É preciso derrotar Bolsonaro, nas urnas e nas ruas, e intensificar nossa luta contra qualquer um que ataque nossos direitos!

A disputa no segundo turno para as eleições presidenciais ocorrerá entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Depois de 13 anos de governos do PT e do Governo Temer, esse processo se dá num momento em que nossa classe, com razão, está indignada com a falta de emprego, o aumento da violência e com a roubalheira geral que tomou conta de nosso país. Uma situação que, como se fala por toda parte, ninguém aguenta mais.

O sentimento de indignação contra tudo isso tem colocado os trabalhadores e o povo pobre de nosso país em “pé de guerra” e mobilização. Estamos diante de uma enorme polarização política e social contra essa que é uma verdadeira guerra social contra os pobres.

Frente ao aprofundamento dos ataques aos direitos, temos assistido a uma enorme disposição de luta e resistência da classe trabalhadora que não para de fazer greves, lutas, mobilizações, retomada de territórios, ocupações urbanas e rurais, manifestações por inúmeros temas democráticos e uma infinidade de outras ações exercidas pelos diversos setores oprimidos e explorados. Destacamos o protagonismo das lutas e mobilizações promovidas pelas mulheres em todo esse período, inclusive agora quando, em meio a esse processo eleitoral, ocorreu um novo ponto alto, no último dia 29 de setembro, com poderosos atos e manifestações conduzidos sob a bandeira “#Elenão” contra Bolsonaro! Também ressaltamos o fato de, recentemente, termos realizado a maior greve geral das últimas décadas em nosso país. Portanto, nossa classe não está derrotada. Mesmo assim, nossas condições de vida só estão piorando.

No processo eleitoral, Bolsonaro, o defensor da ditadura e da tortura, esbanja provocações com suas propostas em defesa dos ricos, da retirada de nossos direitos, com seu racismo, machismo e preconceito, explicitamente assumido, contra os mais pobres e nordestinos. Ele chega ao segundo turno e traz no seu programa de governo um elemento que não podemos aceitar que se repita jamais em nossa história: defende abertamente a Ditadura Militar, os torturadores e ameaça atacar as liberdades democráticas e as organizações dos trabalhadores como, por exemplo, os sindicatos.

O chamado “fim do ativismo”, defendido por Bolsonaro, significa uma tentativa de pôr fim ao direito de lutarmos e fazermos greves e manifestações pelo direito à terra, à moradia ou em defesa dos nossos direitos trabalhistas e sociais. Ele pretende ainda, na base repressão, acabar com o direito das mulheres, negros e negras, camponeses, índios, quilombolas e LGBTs de se mobilizarem por suas pautas. Fruto desse discurso, estamos assistindo a brutais episódios de caráter protofascistas, com agressões, espancamentos e até assassinato de pessoas pelo fato de expressarem sua oposição a esse projeto excludente, opressor e defensor do fim das liberdades.

Está evidente que, nesse segundo turno, nossa tarefa é derrotar essa candidatura nas urnas e nas ruas, pois, se eleito, Bolsonaro vai governar e atacar as mobilizações, as lideranças e as liberdades democráticas. Ele o fará com o apoio ativo do aparelho repressor das Forças Armadas, como ele mesmo anuncia. É, especialmente, por esse motivo que temos de derrotá-lo.

Considerando que, no caso de ser eleito, Bolsonaro lançará mão de mais repressão contra as nossas lutas e atacará duramente as liberdades democráticas, como ele mesmo assume, não podemos dar-lhe um milímetro de espaço sequer para que essa nefasta possibilidade ocorra. Por isso, no marco da defesa da autonomia e prática da democracia operária de cada uma de nossas entidades, chamamos nossa classe a votar contra Bolsonaro.

Destacamos, no entanto que, para nós da CSP-Conlutas, indicar aos trabalhadores que votem 13 neste segundo turno para derrotar Bosonoro tem o único objetivo de impedir que o mesmo e seus aliados cheguem eleitoralmente à Presidência da República. Dessa forma, reiteramos a compreensão de que nossa principal arena para derrotar projetos ditatoriais ou mesmo de colaboração de classes será sempre a luta direta, a efetivação prática de mecanismos de autodefesa e o enfrentamento direto contra esses projetos e seus representantes. Cabe-nos ainda afirmar que esse posicionamento não significa alimentar nenhuma ilusão ou apoio político ao PT, seus aliados e seu projeto de colaboração de classes, contra o qual, aliás, sempre lutamos e tivemos de enfrentar durante mais de uma década.

Por esse motivo, continuaremos defendendo a independência de classe e seremos oposição a um eventual governo do PT desde o seu primeiro dia.

Somado a essa orientação referente ao segundo turno dessas eleições, nossa Central, mais uma vez, faz um chamado imediato às Centrais Sindicais e às organizações do movimento de massas para iniciarmos desde já a preparação de uma nova Greve Geral. Isso é necessário porque, além do fato de Temer estar anunciando votar a Reforma da Previdência ainda esse ano, sabemos que, para atender os interesses do “mercado”, ganhe quem ganhe essas eleições, virão fortes ataques aos nossos diretos trabalhistas, previdenciários e sociais. Visando aumentar nossa capacidade de luta, unidade e enfrentamento a esses ataques devemos nos apoiar em iniciativas e chamados comuns dos movimentos como, por exemplo, o já construído e publicado entre as centrais sindicais que diz: “Reforma da Previdência: Se botar pra votar, o Brasil vai parar, de novo”!

– Ditadura nunca mais!

– Pra derrotar Bolsonaro no segundo turno, Vote 13!

– Oposição ao possível governo do PT desde seu primeiro dia!

– Em defesa de uma nova Greve Geral contra qualquer um venha atacar nossos diretos!

– Pela revogação imediata de todas as medidas e reformas de Temer!

– Suspensão imediata do pagamento da Dívida Pública!

– Por emprego, salário, terra e moradia!

– Aumento geral dos salários e congelamento dos preços dos alimentos e tarifas públicas!

– Defesa dos serviços e servidores públicos!

– Prisão e confisco dos bens para TODOS os corruptos e corruptores!

 

São Paulo, 11 de outubro de 2018.

Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas