Vitoriosos, trabalhadores em Educação decidem pelo fim da greve

Após 17 dias de greve, assembleia decide pelo fim da greve em uma assembleia vitoriosa.

Os trabalhadores em Educação da Rede Municipal de Belo Horizonte decidiram, em uma assembleia lotada, pelo fim da Greve na tarde desta sexta-feira (22/11). A heroica paralisação de 16 dias foi um marco histórico pois representou a primeira greve no mês de novembro já realizada pela categoria.

O balanço do comando de Greve, aprovado em assembleia, foi positivo, já que os trabalhadores em Educação foram atendidos, mesmo que parcialmente, em suas principais reivindicações. A Prefeitura já havia se comprometido em não enviar o Projeto de Lei que altera o Estatuto do Servidor à Câmara Municipal e enviou uma minuta de retificação do Decreto 17.200/19 que altera o plano de carreira para o Sindicato na noite de quinta-feira (21/11), confira AQUI. Com o acordo, os efeitos do Decreto ficam suspensos. Também foram suspensas as portarias que alteram a organização dos trabalhadores em readaptação funcional. Confira o vídeo do momento da votação:

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Já a proposta de acordo sobre o índice de reajuste salarial e do Vale Refeição foi apresentada pela Prefeitura hoje (22/11), em negociação realizada no início da tarde. Mesmo embaixo de chuva, cerca de 300 trabalhadores realizaram uma vigília em frente ao prédio onde a reunião foi acontecia. Confira abaixo a proposta da Prefeitura, aprovada pela assembleia:

  • Reajuste de de 7,02% sobre os vencimentos base, dividido em duas parcelas. Sendo a primeira de 3,78% a partir de 1º janeiro de 2020 e a segunda de 3,3%, a partir de 1º de dezembro de 2020
  • Reajuste de de 7,02% no Vale Refeição, dividido em duas parcelas. Sendo a primeira de 3,78% a partir de 1º janeiro de 2020 e a segunda de 3,3%, a partir de 1º de dezembro de 2020

Continuidade da luta

A assembleia também votou pelo adiamento do Congresso do Sind-REDE/BH para fevereiro de 2020, para que a categoria consiga se armar para os desafios das lutas do próximo ano. Em seguida, os trabalhadores votaram pela realização de uma nova  assembleia com indicativo de greve para fevereiro, com o objetivo de lutar pelo adiantamento da segunda parcela do reajuste, para que ele seja pago ainda sobre o mandato do prefeito Alexandre Kalil (PSD).

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