A direita historicamente se utiliza de desculpas para aprovar seus pacotes de Maldades baseado numa suposta crise (econômica, social, política etc) na qual é preciso garantir os empregos. Com esse discurso e prometendo melhorias na vida das pessoas aprovaram recentemente no Brasil a Reforma Trabalhista (2017) e a Reforma da Previdência (2019). Ambas retiraram inúmeros direitos dos trabalhadores enquanto os alarmantes dados de desemprego e informalidade não pararam de crescer no Brasil.
A crise atual é a Pandemia da Covid-19, doença que se espalha muito rapidamente, exigindo, em muitos casos, internamento médico e contra a qual a principal medida a ser tomada é o Isolamento Social.
Nesse contexto em que morrem pessoas diariamente no Brasil devido a doença e em que os dados oficiais crescem, mesmo havendo subnotificação e, portanto, boa parte dos brasileiros está em casa para proteger a vida, o governo Bolsonaro vem aprovando uma série de Medidas Provisórias que precarizam ainda mais o trabalho e a vida dos brasileiros durante a pandemia.
Mas o isolamento social escancarou uma verdade que tentam esconder de nós: não é preciso medidas para facilitar a criação de empregos, pois sem os trabalhadores trabalhando não há economia. Eles precisam contratar trabalhadores para produzir bens e serviços, o que está em jogo é se esses contratos de trabalho serão mais ou menos exploradores.
No dia 14/04 foi a vez da Câmara Federal surpreender os brasileiros com a votação e aprovação da MP 905 que institui a chamada Carteira Verde Amarela, que na prática oficializa o fim da CLT e dos direitos trabalhistas conquistados através dela. Ao todo serão 42 artigos da CLT revogados incluindo questões relativas a férias, 13* salário, horas extras e acidentes de trabalho.
Hoje, segunda-feira dia 20 de abril é o prazo final para o Senado aprovar essa medida e nós trabalhadores temos que lutar, com as armas que temos nessa Pandemia, para que essa MP não seja votada hoje. Somos contra a MP 905 por que ela pretende precarizar ainda mais a vida dos brasileiros e aprofundar o cenário genocida que o governo Bolsonaro vem instituindo no Brasil.
