8 de Março: que a luta se estenda por todo o ano!

No dia 8 de março, em seu Dia Internacional de Luta,  mais de 10 mil mulheres ocuparam as ruas de […]

No dia 8 de março, em seu Dia Internacional de Luta,  mais de 10 mil mulheres ocuparam as ruas de BH. No Brasil foram milhões, e no mundo, bilhões.

Exigindo medidas de combate à violência,  punição dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes e NÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA milhares de mulheres ocuparam as ruas de Belo Horizonte.  Além das manifestações nas capitais pelo 8 de Março, também aconteceram manifestações em grandes, médias e até pequenas cidades de Minas Gerais e pelo Brasil afora.

Os índices de violência contra as mulheres são altíssimos, e o mais assustador, têm uma dinâmica de crescimento. A cada 7,2 segundos uma mulher é vítima de violência física no Brasil. No PL nomeado de “Anticrime”  enviado à Câmara dos Deputados pelo Ministro Sérgio Moro há uma proposta de acréscimo ao Art 23 do Código Penal da seguinte redação “…§ 2º O juiz poderá reduzir a pena até a metade ou deixar de aplicá-la se o excesso decorrer de escusável medo, surpresa ou violenta emoção”.  A legítima defesa, para o caso de encontramos de surpresa um invasor em casa, já é prevista no Código Penal. Este acréscimo tem como intenção primeira tirar a culpa de policiais que matarem em serviço, mas a interpretação será a que o juiz der. Isto aliado a ausência de delegacia de mulheres, ao aumento do desemprego e da pobreza entre mulheres terá resultados desastrosos.

Ao mesmo tempo, que aumenta a violência e, que ocorre a ampliação significativa do peso das tarefas domésticas fruto da redução de investimento na Educação e Saúde, Bolsonaro, com a proposta de Reforma da Previdência, promove um grande ataque às mulheres da classe trabalhadora, sem precedentes nos últimos 50 anos. A PEC não só propõe diminuir a diferença de idade entre homens e mulheres para a aposentadoria, mas ela vai além no ataque aos direitos das mulheres. Na prática ao igualar o tempo de contribuição: 40 anos para ter direito a 100% dos proventos de aposentadoria determina que a média de idade para a aposentadoria de mulheres será superior a dos homens. São as mulheres que continuarão a abandonar o trabalho para cuidar dos filhos e familiares doentes, são as mulheres que continuarão tendo dificuldade em encontrar emprego quando estiverem em “idade propícia” à maternidade, portanto, serão as mulheres que terão maior dificuldade em acumular 40 anos de contribuição previdenciária.

ENTÃO FAÇAMOS UM CORDÃO A FRENTE DE TODAS AS MANIFESTAÇÕES MOSTRANDO A INDIGNAÇÃO E A FORÇA DA MULHER TRABALHADORA BRASILEIRA!

NÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA QUE É UMA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES!